terça-feira, 2 de março de 2010

Vacina contra a Gripe A (H1N1)

Grávidas e menores de dois anos: começa a imunização contra a gripe A ou suína

Dez perguntas e respostas sobre a vacina contra a Gripe Suína, também chamada de Gripe A.


1. Quem é o público-alvo da vacinação?
Primeiramente, é importante saber que a vacina contra a gripe A estará disponível tanto nos postos de atendimento públicos como em algumas clínicas particulares. A vacinação promovida pelo governo brasileiro será gratuita e destinada a seis principais grupos – tidos como mais frágeis e suscetíveis ao vírus em 2009. Serão vacinados trabalhadores da área da saúde, indígenas, gestantes, crianças com idade entre 6 meses e 2 anos, doentes crônicos, adultos entre 20 e 29 anos e idosos.
Já nas clínicas particulares, qualquer pessoa, a partir dos 6 meses de vida, poderá ser imunizada.


2. A partir de quando a vacina estará disponível?
As vacinas estarão disponíveis a partir dos primeiros dias de março. No sistema público, o período de vacinação será de 7 de março a 8 de maio. Porém haverá uma data certa para a vacinação de cada um dos grupos.
As gestantes, em qualquer período da gravidez, deverão procurar as unidades de saúde do dia 22 de março ao dia 7 de maio. Já as crianças, de 6 meses a 2 anos, deverão ser vacinadas de 22 de março a 2 de abril.
Nas clínicas particulares, a vacinação poderá ser feita a qualquer momento e não será preciso respeitar a ordem de vacinação imposta pelo Ministério da Saúde.


3. Como faço para ser vacinada ou para vacinar meu filho?
Para tomar a vacina no sistema público, basta procurar uma unidade de saúde durante o período estabelecido pelo governo. Não se pode esquecer a carteirinha de vacinação e um documento de identidade original. Já aqueles que optarem pela vacinação em clínicas particulares, basta procurar os laboratórios que disponibilizam a vacina e pedir para ser imunizado.


4. Por que os bebês com até 6 meses de vida não podem receber a vacina?
“Crianças muito pequenas não respondem à imunização como o esperado”, afirma Renato Kfouri, pediatra e diretor da Associação Brasileira de Imunizações. Então, para evitar que a gripe atinja os pequenos, Kfouri orienta que as mães amamentem seus filhos, evitem aglomerações e mantenham em ordem a higiene, lavando sempre as mãos. Por isso, a vacinação das gestantes se torna ainda mais importante. Ao proteger as mulheres grávidas, a mãe e o bebê estarão protegidos. Isso porque os anticorpos produzidos pela mãe são passados ao bebê pela placenta e pela amamentação. Após o parto, a mulher também poderá procurar uma clínica ou os postos públicos (se tiver de 20 a 29 anos) para ser imunizada.


5. Qual a diferença entre a vacina oferecida pelo governo e a oferecida pelas clínicas privadas?
A vacina oferecida pelo governo será gratuita. Porém ela protegerá somente contra a gripe pandêmica. Enquanto a imunização feita em clínicas particulares deverá ser trivalente, protegendo contra dois tipos de gripe A e um tipo de gripe B – que, segundo a Organização Mundial de Saúde, são os tipos mais circulantes no inverno no Hemisfério Sul. Em média, “as vacinas aplicadas pelo sistema particular, devem custar 60 reais. Porém esse preço pode variar devido à procura”, comenta Ricardo Cunha, médico sanitarista responsável pela área de vacinas do Laboratório Dasa Delboni.


6. A vacina pode provocar algum efeito colateral?
As vacinas contra a gripe são muito pouco reatogênicas. E, por isso, raramente causam algum tipo de alergia. “No máximo, o local da aplicação poderá ficar um pouco avermelhado e dolorido”, completa Kfouri. Segundo ele, não é recomendado que pessoas com alergias graves à proteína do ovo tomem essa vacina. Isso porque o vírus usado na fabricação da vacina é criado em ovos embrionados. E, quando é extraído para a elaboração da vacina, o vírus pode carregar pequenas partes da proteína do ovo, o que causa reações alérgicas.


7. A vacina é a garantia de que eu não terei a gripe suína?
A vacinação diminui e muito as chances de contágio pela gripe A. “Isso porque a vacina carrega fragmentos do vírus, incapazes de causar a gripe, mas que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos – substâncias capazes de expulsar o vírus logo que ele atinge o corpo”, afirma o médico infectologista Celso Granato.


8. Quantas aplicações são necessárias?
A partir dos 9 anos, será necessário apenas uma aplicação da vacina. Já para as crianças menores, orienta-se que a vacinação seja feita em duas etapas. Na primeira vez, é aplicada meia dose e, após três semanas, é feito um reforço.


9. Onde as vacinas foram fabricadas?
Os 62 milhões de doses oferecidas pela rede pública de saúde foram fabricados em território brasileiro: pelo Instituto Butantan, em São Paulo, pela Companhia Glaxo Smith Kline, no Rio de Janeiro, e também pelo Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan Americana de Saúde. Já as vacinas fornecidas pelas clínicas particulares devem ser importadas, em sua maioria, de países europeus.


10. Posso tomar a vacina da gripe comum também?

As vacinas oferecidas pela maioria das clínicas particulares protegerão contra três tipos de gripes – sendo dois causadores da gripe A e um da gripe B. Como a vacinação feita pelo governo protege apenas contra a gripe pandêmica, é possível que as pessoas tomem a vacina contra a gripe comum. Não há a contraindicação, porém, antes de se vacinar, é bom consultar um especialista.


Fonte: Bebe.com

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